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EAN: 7895858013097
Fabricante: Aspen Pharma
Princípio Ativo: Melfalana
Tipo do Medicamento:
Necessita de Receita: Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)
Categoria(s): Câncer
Classe Terapêutica: Agentes Antineoplásicos Alquilantes
Especialidades: Oncologia
Mais informações sobre o medicamento
Alkeran® Injetável, administrado por volume de sangue das artérias que chega aos tecidos, pode ser usado no tratamento de:
- Melanoma maligno localizado nas extremidades;
- Sarcoma de tecidos moles localizados nas extremidades.
Alkeran® Injetável, na dosagem intravenosa convencional, pode ser usado no tratamento de:
- Mieloma múltiplo: Alkeran® Injetável, tanto em monoterapia quanto em combinação com outras drogas citotóxicas, é tão efetivo quanto a melfalana via oral para o tratamento de mieloma múltiplo;
- Câncer de ovário avançado: Alkeran® Injetável produz uma resposta efetiva em aproximadamente 50% dos pacientes com adenocarcinoma ovariano avançado, quando em monoterapia ou em combinação com outros agentes citotóxicos.
Alkeran® Injetável com alta dosagem intravenosa pode ser usado no tratamento de:
- Mieloma múltiplo: a remissão completa (fase em que não sinais de atividade da doença) tem sido alcançada em até 50% dos pacientes usando altas doses de Alkeran® Injetável, com ou sem resgate com células-tronco hematopoiético. Também é usado como tratamento de primeira linha ou consolidar uma resposta na quimioterapia citorredutora convencional.
- Neuroblastoma avançado na infância: altas doses de Alkeran® Injetável associadas ao resgate de células-tronco hematopoieticas têm sido usadas tanto em monoterapia quanto em combinação com radioterapia e/ou drogas citotóxicas, para consolidar a resposta ao tratamento convencional.
Um aumento significativo na duração da sobrevida livre de doença foi demonstrado num estudo randomizado prospectivo de altas doses de Alkeran® Injetável versus nenhum tratamento adicional.
Alkeran® é um medicamento utilizado no combate a algumas formas de tumores (mieloma múltiplo (câncer que se desenvolve na medula óssea), câncer ovariano avançado, melanoma maligno (câncer de pele) localizado nas extremidades e sarcoma de tecidos moles localizados nas extremidades), sobre os quais atua destruindo as células cancerosas e impedindo sua multiplicação (crescimento) desordenada.
O uso de Alkeran® é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade (alergia) conhecida a qualquer componente da fórmula.
Você deve informar ao seu médico se utiliza medicamentos imunossupressores.
Alkeran® não deve ser utilizado durante a amamentação.
Alkeran® não deve ser utilizado por pacientes nos quais o câncer se mostrou resistente a melfalana.
Categoria D de risco na gravidez
Este medicamento não deve ser utilizado sem orientação médica por mulheres grávidas.
Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Alkeran® Injetável deve ser preparado para administração por profissional que esteja familiarizado com suas propriedades e requisitos de manipulação segura, ou sob supervisão direta.
Posologia do Alkeran Injetável
Mieloma múltiplo
- Alkeran® injetável tem sido usado sozinho, ou em combinação com outras drogas citotóxicas, com as doses variando entre 8 mg/m2 a 30 mg/m2 de área de superfície corporal, em intervalos de 2 a 6 semanas.
- Adicionalmente, a administração de prednisona tem sido incluída em uma série de tratamentos.
- Quando Alkeran® Injetável for utilizado como um único medicamento, a escala de dosagem intravenosa típica é de 0,4 mg/kg de peso corporal (16 mg/m2 de área de superfície corporal), repetida em apropriados intervalos (um em cada 4 semanas) ou de acordo com as orientações de seu médico.
- Em tratamentos de altas doses, geralmente, o emprego de doses únicas de Alkeran® se situa entre 100 e 200 mg/m2 de área de superfície corporal (aproximadamente 2,5 a 5,0 mg/kg de peso corporal).
Adenocarcinoma ovariano avançado
- Quando Alkeran® Injetável for utilizado sozinho, é administrada uma dose intravenosa de 1,0 mg/kg de peso corporal (aproximadamente 40 mg/m2 de área de superfície corporal), em intervalos de 4 semanas.
- Quando Alkeran® Injetável é utilizado em combinação com outras drogas citotóxicas, tem sido usada a dose intravenosa entre 0,3 e 0,4 mg/kg de peso corporal (12 a 16 mg/m2 de área de superfície corporal), em intervalos de 4 a 6 semanas.
Melanoma maligno
- Alkeran® tem sido utilizado como auxiliar a cirurgia de melanoma maligno inicial e como tratamento paliativo para doença avançada, mas localizada.
Sarcoma localizado em tecidos moles
- Alkeran® tem sido utilizado como manutenção de todos os estágios de sarcoma localizado em tecidos moles, usualmente em combinação com cirurgia.
- Alkeran® tem sido usado com actinomicina D.
Neuroblastoma avançado na Infância
- Têm sido utilizadas doses de Alkeran® de 100 e 240 mg/m2 de acordo com o seu peso e altura = área de superfície corporal) associadas ao transplante autólogo da medula (tratamento com medicações quimioterápicas). Essa dosagem pode ser administrada isoladamente ou em combinação com radioterapia e/ou outra droga citotóxica e pode ser eventualmente dividida em doses iguais por três dias consecutivos.
Populações especiais
Uso em crianças
- Altas doses de Alkeran® Injetável, em associação com resgate da medula (transplante de medula óssea), têm sido utilizadas em neuroblastoma na infância, utilizando-se guias de dosagens baseados na área de superfície corporal nessa situação.
- Muito raramente Alkeran® é indicado para crianças no regime de dose convencional.
Uso em pacientes idosos
- Embora Alkeran® seja frequentemente utilizado nas doses convencionais neste grupo de pacientes, não há informação específica disponível sobre este uso.
- A experiência quanto ao uso de Alkeran® em pacientes idosos é limitada. É importante assegurar o estado funcional adequado dos diversos sistemas orgânicos antes do uso de altas doses de Alkeran® Injetável em pacientes idosos.
- Os dados obtidos nos estudos feitos com Alkeran® por via intravenosa (pela veia) são limitados e não recomendam ajustes específicos na dosagem para pacientes idosos recebendo o produto. O médico irá realizar ajustes da dosagem com base na condição geral do paciente idoso e no grau de mielossupressão ocorrido durante o tratamento.
Uso em pacientes com insuficiência renal
- A taxa pela qual Alkeran® é eliminado do organismo, embora variável, é reduzido em pacientes com comprometimento dos rins.
- Quando Alkeran® Injetável for utilizado na dosagem intravenosa (pela veia) convencional (8 a 40 mg/m2 de área se superfície corporal) em pacientes com comprometimento renal entre moderado e grave, recomenda-se que a dose inicial seja reduzida em 50%. As doses posteriores devem ser determinadas de acordo com o grau de supressão hematológica.
- Para doses elevadas de Alkeran® Injetável (100 a 240 mg/m2 de área de superfície corporal), a necessidade de redução da dose dependerá do grau de comprometimento da função renal (dos rins), da necessidade terapêutica e se houve reinfusão autóloga de células-tronco da medula óssea.
- Para altas doses de Alkeran® sem resgate hematopoiético com células-tronco em pacientes com insuficiência renal moderada, uma redução de 50% na dose é recomendada. Em pacientes com comprometimento renal mais grave, não está indicado o uso de altas doses de Alkeran®, sem resgate hematopoiético com células-tronco.
- Altas doses de Alkeran® associadas ao resgate hematopoiético com células-tronco têm sido utilizadas com sucesso, inclusive em pacientes com insuficiência renal grave.
Alkeran® é um agente citotóxico para uso somente sob a supervisão de médicos experientes na administração destes agentes.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Se você esquecer uma dose, espere e tome a próxima dose no horário normal. Não tome uma dose para substituir a que você esqueceu.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou do cirurgião dentista.
Não é recomendada a administração de vacinas contendo microorganismos vivos em pacientes fazendo uso de Alkeran®. Desta forma, antes de tomar uma vacina, converse com seu médico.
Administração Parenteral
Do ponto de vista dos riscos envolvidos e do nível de suporte necessário, a administração de altas doses de Alkeran® Injetável somente deve ser realizada em centros especializados com equipamentos apropriados, e conduzida por profissionais de saúde experientes.
Deve-se considerar que status de desempenho adequado e a função dos órgãos estejam garantidos antes da administração de Alkeran® Injetável em altas doses.
Em pacientes que estejam recebendo altas doses de melfalana por via intravenosa, deve-se considerar administração profilática (preventiva) de agentes antiinfecciosos (contra infecção) e administração de hemoderivados (derivados de sangue), caso necessário.
Alkeran® Injetável pode causar danos no tecido local caso ocorra extravasamento e, consequentemente, não deve ser administrado por injeção direta em veias periféricas. É recomendado que a solução de Alkeran® Injetável seja administrada lentamente por infusão rápida, através de uma porta de injeção limpa ou através de uma linha venosa central.
A manutenção de uma adequada função dos rins, mediante hidratação e diurese induzida, imediatamente após a administração de altas doses Alkeran® injetável deve ser considerada.
Preparação da solução de Alkeran® Injetável
A preparação de formulações de Alkeran® deve seguir as diretrizes para o manuseio de drogas citotóxicas de acordo com as recomendações e/ou regulamentos locais.
Monitoramento
Durante o tratamento com Alkeran®, seu médico poderá fazer uma avaliação laboratorial das suas células sanguíneas.
Seu médico poderá interromper o tratamento com Alkeran® a critério.
Alkeran® deve ser usado com cautela em pacientes recentemente submetidos à radioterapia ou quimioterapia, tendo-se em vista o aumento de toxicidade na medula óssea.
Medicamentos que diminuem a resposta imunológica como o Alkeran®, podem ativar os locais de desenvolvimento da tuberculose, naqueles pacientes que já tiveram tuberculose.
Os médicos que acompanham pacientes sob o uso de drogas que diminuem a resposta imunológica devem estar alertas quanto à possibilidade de surgimento de doença ativa, tomando, assim, todos os cuidados para o diagnóstico precoce e tratamento.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Atualmente não existem dados disponíveis que sugiram que o Alkeran® influencie na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas.
Fertilidade, gravidez e lactação
Fertilidade
Alkeran® causa supressão da função ovariana em mulheres na pré-menopausa, resultando em amenorréia em um número significativo de pacientes.
Há evidências, oriundas de estudos em animais, de que Alkeran® possa levar a algum efeito adverso na espermatogênese. É possível que Alkeran®, venha causar esterilidade masculina transitória ou permanente.
Gravidez
Se você ou seu parceiro estiver fazendo uso de Alkeran®, você deve usar contraceptivos de modo a evitar a gravidez.
O uso de Alkeran® deve ser evitado, sempre que possível, durante a gravidez, especialmente durante o primeiro trimestre. Em cada caso, deve ser considerado o risco potencial ao feto, em comparação ao benefício esperado para a mãe.
Categoria D de risco na gravidez
Este medicamento não deve ser utilizado sem orientação médica por mulheres grávidas.
Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Lactação
As mães em tratamento com Alkeran® não devem amamentar seus filhos.
Os efeitos indesejáveis associados ao uso de Alkeran® mais comumente observados, em ordem de frequência foram:
Reações muito comuns (ocorrem em 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Diminuição da função da medula óssea causando diminuição nas células brancas responsáveis pela defesa do organismo, redução do número de plaquetas (células responsáveis pela coagulação) e anemia; náusea, vômito, diarreia; estomatite (bolhas/vesículas orais) quando administrado em altas doses; queda de cabelo (em altas doses); enfraquecimento e aumento de fibras musculares, dores musculares e aumento da creatina fosfoquinase no sangue, sensação subjetiva e transitória de calor e/ou formigamento.
Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Queda de cabelo (em doses convencionais); aumento de pressão ou inchaço nos tecidos (síndrome comportamental); elevação temporária significativa de ureia em pacientes com mieloma e com doença renal tem sido observada nos estágios iniciais do tratamento com Alkeran®.
Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Anemia hemolítica (redução das células vermelhas do sangue, causada pelas células de defesa do corpo); reações alérgicas*; processos inflamatórios e fibróticos do pulmão (incluindo relatos fatais); estomatite (bolhas/vesículas orais) em doses convencionais; desordens hepáticas (no fígado) que variam desde testes alterados da função hepática (do fígado) até manifestações clínicas como hepatite e icterícia (apresentar pele e olhos amarelados), obstruções nas veias hepáticas, após o tratamento com altas doses; lesões vermelhas arredondadas e placas vermelhas no corpo e coceira.
*Reações alérgicas a melfalana como coceira, inchaço, rash cutâneo (erupção cutânea) e choque anafilático (reação alérgica intensa) foram incomumente reportados após as doses iniciais, particularmente após a administração intravenosa (pela veia). Parada cardíaca também foi raramente reportada em associação com estes eventos.
Reações com frequência desconhecida (não pode ser estimada pelos dados disponíveis)
- Leucemia mielóide aguda secundária e síndrome mielodisplásica (distúrbio sanguíneo), morte das fibras musculares, ausência de espermatozoides no sêmen, ausência de menstruação, trombose venosa profunda e embolia pulmonar.
A incidência de diarreia, vômito e estomatite torna a toxicidade da dose limitante em pacientes com altas doses de melfalana intravenoso em associação com resgate de células-tronco hematopoiéticas. Pré-tratamento com ciclofosfamida aparentemente reduz a severidade de injúria gastrointestinal induzida por altas doses de melfalana e a literatura deve ser consultada para maiores informações.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação de Eventos Adversos a Medicamentos – Vigimed, disponível em http://portal.anvisa.gov.br/vigimed, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Cada frasco-ampola contém:
Melfalana | 50 mg |
Excipientes q.s.p. | 1 frasco-ampola |
Solução diluente* | 10 mL |
*Água para injetáveis, citrato de sódio, propilenoglicol e etanol.
Excipientes: ácido clorídrico, povidona e água para injetáveis.
Os efeitos imediatos de uma superdosagem intravenosa são náuseas e vômitos. Após superdosagem também podem ocorrer danos na mucosa gastrintestinal e diarreia (às vezes hemorrágica).
O principal efeito tóxico é aplasia da medula óssea, a qual leva à leucopenia (diminuição das células de defesa do organismo), trombocitopenia (diminuição no número de plaquetas no sangue) e anemia (diminuição no número de hemácias no sangue).
Medidas gerais de suporte, juntamente com transfusões sanguíneas e de plaquetas, podem ser instituídas, se necessário. A possibilidade de hospitalização deve ser considerada, assim como a cobertura com agentes antiinfecciosos, e o uso de fatores de crescimento hematológico.
Não existe antídoto específico. O médico deverá monitorar cuidadosamente o quadro sanguíneo por, no mínimo, 4 semanas após a superdosagem, até que haja completa recuperação.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 08007226001, se você precisar de mais orientações.
A imunização com vacinas contendo microorganismos vivos não é recomendada em pacientes que apresentam deficiência no sistema de defesa do organismo.
Medicamentos como ácido nalidíxico, ciclosporina e interferons podem interagir com Alkeran®. Informe ao seu médico sobre qualquer outro medicamento que tenha usado antes ou que esteja usando durante o tratamento.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde.
Resultados de Eficácia
Comprimido
Para o tratamento de mieloma múltiplo, doses combinadas de Melfalana, prednisona e talidomida demostraram uma melhor resposta no tratamento e no tempo de sobrevida livre de progressão da doença, em pacientes idosos, quando comparado com o tratamento padrão com Melfalana e predinisona.Após acompanhamento médio de 38.1 meses, a média da sobrevida livre de progressão foi de 21.8 meses para aqueles submetidos ao tratamento com Melfalana, prednisona e talidomida e 14.5 meses para aqueles submetidos ao tratamento padrão. No estudo foram incluídos 331 pacientes.
Um total de 205 mulheres com câncer de ovário com estágio II ou IV que tiveram a doença persistente após o tratamento inicial foram tratadas com Melfalana (8 mg/m2 por via oral, durante 4 dias) ou a combinação de Melfalana (6 mg/m2 durante 4 dias) e hexametilmelamina (120 mg/m2 por 14 dias) a cada 4 semanas. Não houve diferença na sobrevida global entre os dois tratamentos, mas o grupo de pacientes cuja doença progrediu à quimioterapia inicial apresentou maior sobrevida quando tratadas com a combinação de duas drogas.
Foram estudados 27 pacientes com Policitemia Vera e reações hematológicas adversas, cuja doença requer supressão da função da Medula Óssea, foram tratados com Melfalana entre 20 e 72 meses, apresentando resultados de bons a excelentes, no terceiro mês, em 24 dos 27 pacientes. Ao final de um ano, 14 dos 27 pacientes não apresentavam evidências da doença, com esses resultados sendo suficientemente bons para estabelecer Melfalana como um dos mais efetivos tratamentos no controle da policitemia vera (Gerald L et al 1970). [3]
Referências
[1] PALUMBO, A. et al. Oral melphalan, prednisone, and thalidomide in elderly patients with multiple myeloma: updated results of a randomized controlled trial. Blood. 112(8): 3107-14, 2008.
[2] PATER, JL. et al. Second-line chemotherapy of stage III-IV ovarian carcinoma: a randomized comparison of melphalan to melphalan and hexamethylmelamine in patients with persistent disease after doxorubicin and cisplatin. Cancer Treat Rep. 71(3): 277-81, 1987.
[3] LOGUE, GL.et al. Melphalan therapy of polycythemia vera. Blood. 36(1): 70-86, 1970.
Injetável
A Melfalana foi usada com sucesso no tratamento de melanoma avançado e em TNF – pode aumentar a resposta para melanoma e sarcoma.Os estudo abrangeu um total de 49 pacientes, sendo para melanoma (n=30), sarcoma (n=16) e outros turmores (n=3). O estudo apresentou, para melanoma, uma resposta completa e parcial de 40% e 37%, respectivamente, e de sarcoma de 20% e 33%. Durante fase de acompanhamento médio de 14 meses, 66% dos pacientes com melanoma que responderam ao tratamento não apresentaram progressão local, comparado com 37% dos pacientes com sarcoma. [1]
Em estudo apresentando 186 pacientes com sarcoma de tecidos moles, a perfusão isolada do membro com fator de necrose de tumor (TNF) em combinação com Melfalana pode ser executada com segurança em muitos centros e é um tratamento eficaz da indução com uma taxa de resposta elevada que pode conseguir o salvamento do membro. 18% dos pacientes apresentaram resposta completa e em 82% dos casos houve salvamento do membro. [2]
Em estudo realizado com 58 pacientes abaixo de 63 anos foi administrado alta dose de Melfalana (140mg/m2), 27% dos pacientes apresentaram redução completa do mieloma e 51% dos pacientes apresentaram redução parcial de mais de 50% do mieloma. Com a adição de altas doses de prednisolona (1g/m2/dia por 5 dias) à alta dose de Melfalana (140mg/m2), os percentuais foram similares, 27% dos pacientes apresentaram redução completa do mieloma e 59% apresentaram redução parcial de mais de 50% do mieloma. [3]
Em estudo observacional 10 pacientes foram analisados. O uso de Melfalana como segunda linha de tratamento em pacientes com câncer de ovário que receberam platina como tratamento de primeira linha apresenta 20% de resposta completa e 10% de resposta parcial. O tempo livre de progressão da doença na terapia com Melfalana foi de 8 meses. Tratamento apresenta menor perfil de toxicidade. [4]
Em estudo analisa que analisou 167 crianças, com estágio III e IV de neuroblastoma, dose elevada de Melfalana aumentou o cumprimento de EFS e a sobrevivência de crianças com neuroblastoma estágio IV acima de 1 ano de idade que conseguiram CR ou GPR após a terapia e a cirurgia de indução do OPEC. Os regimes multi-agentes mieloblástico são agora amplamente utilizados como terapia da consolidação para crianças em doenças em estágio IV e naquelas com outros estágios da doença. [5]
Referências
[1] HAYES, AJ. et al. Isolated limb perfusion with melphalan and tumor necrosis factor alpha for advanced melanoma and soft-tissue sarcoma. Ann Surg Oncol. 14(1): 230-8, 2007.
[2] EGGERMONT AM, et al. Isolated limb perfusion with tumor necrosis factor and melphalan for limb salvage in 186 patients with locally advanced soft tissue extremity sarcomas. The cumulative multicenter European experience. Ann Surg. 224(6): 756-64, 1996.
[3] SELBY, PJ. et al. Multiple myeloma treated with high dose intravenous melphalan. Br J Haematol. 66(1): 55-62, 1987. [3]
[4] DAVIS – PERRY, S. et al. Melphalan for the treatment of patients with recurrent epithelial ovarian cancer. Am J Clin Oncol. (4): 429-33, 2003.
[5] PRITCHARD, J. et al. High dose melphalan in the treatment of advanced neuroblastoma: results of a randomised trial (ENSG-1) by the European Neuroblastoma Study Group. Pediatr Blood Cancer. 44(4): 348-57, 2005.
Características Farmacológicas
Comprimido
Propriedades farmacodinâmicas
A Melfalana é um agente alquilante bifuncional. A formação de intermediários de carbono de cada um dos dois grupos bis-2-clorostil propicia a alquilação através de ligação covalente com o 7-nitrogênio de guanina no DNA, ligando, de modo cruzado, duas cadeias de DNA e, deste modo, impedindo a replicação celular.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
A absorção oral da Melfalana é altamente variável, no que diz respeito ao tempo da primeira detecção da droga no plasma e ao pico de concentração plasmática.
Em estudos que avaliaram a biodisponibilidade absoluta da Melfalana o resultado médio encontrado foi entre 56-85%.
Administração intravenosa pode ser usada para evitar a variabilidade na absorção associada ao tratamento mieloablativo.
Em um estudo com 18 pacientes que receberam 0,2 a 0,25 mg/kg de Melfalana, por via oral, a concentração plasmática máxima (faixa de 87 a 350 ng/ml) foi alcançada dentro de 0,5 a 2,0 horas.
A administração de Melfalana, imediatamente após a ingestão de alimentos, prolongou o tempo necessário para se atingir o pico de concentração plasmática e reduziu a área sob a curva de concentração plasmática x tempo em 39-45%.
Distribuição
A Melfalana liga-se moderadamente às proteínas plasmáticas, com percentual de ligação variando entre 69%-78%. Há evidências de que a ligação à proteínas plasmáticas é linear na taxa de concentração plasmática usualmente encontrada na terapia de dose padrão, mas a ligação pode se tornar dose dependente nas concentrações observadas em tratamento com altas doses.
A albumina sérica é a proteína de maior ligação, ocorrendo em cerca de 55% a 60% das ligações e 20% das ligações a α1-glicoproteína ácida. Além disso, os estudos de ligação da Melfalana revelaram a existência de um componente irreversível atribuível a reação de alquilação com proteínas plasmáticas.
A Melfalana apresenta limitada penetração na barreira hematoencefálica. Diversos investigadores coletaram amostras do fluido cérebro- espinhal e não detectaram a droga. Concentrações baixas ( ~10% da plasmática) foram observadas em um estudo de doses únicas e elevadas em crianças.
Metabolismo
Dados in vivo e in vitro sugerem que a taxa de degradação espontânea ao invés do metabolismo enzimático é o maior determinante do tempo de meia-vida da droga no homem.
Eliminação
Em 13 pacientes que receberam Melfalana via oral de 0,6mg/kg de peso corporal, a média da meia-vida plasmática de eliminação terminal foi de 90 ±57 minutos, com 11% da droga recuperada na urina após 24 horas.
Em 18 pacientes que receberam Melfalana via oral, 0,2 – 0,25mg/kg de peso corporal, a meia-vida de eliminação média foi de 1,12 ±0,15 h.
Injetável
Absorção
A administração intravenosa pode ser usada para evitar a variabilidade na absorção associada ao tratamento mieloablativo.
Distribuição
A Melfalana liga-se moderadamente às proteínas plasmáticas, com percentual de ligação variando entre 69%-78%. Há evidências de que a ligação a proteínas plasmáticas é linear na faixa de concentração plasmática usualmente alcançada com a dose padrão de Melfalana, mas a ligação pode se tornar dose dependente nas concentrações observadas com o uso de altas doses. A albumina sérica é a proteína de maior ligação, ocorrendo em cerca de 55% a 60% das ligações, e 20% das ligações à α1-glicoproteína ácida.
Além disso, os estudos de ligação da Melfalana revelaram a existência de um componente irreversível atribuível à reação de alquilação com proteínas plasmáticas. Após a administração de uma infusão de 2 minutos, com doses entre 5 a 23 mg/m2 de área de superfície corporal (aproximadamente 0,1 a 0,6 mg/kg de peso corporal) em 10 pacientes com câncer de ovário ou mieloma múltiplo, os valores médios de distribuição em estado de equilíbrio e no plasma (central compartment) foram de 29,1 ± 13,6 L e 12,2 ± 6,5 L, respectivamente.
Em 28 pacientes com várias doenças malignas, que receberam doses entre 70 e 200 mg/m2 de área de superfície corporal como infusão de 2 a 20 minutos, os volumes médios de distribuição em estado equilíbrio e no plasma foram, respectivamente, de 40,2 ± 18,3 L e 18,2 ± 11,7 L.
Em 11 pacientes com melanoma maligno avançado, após perfusão hipertérmica (39ºC) no membro inferior com Melfalana a 1,75mg/kg de peso corporal, os valores de distribuição médio em estado de equilíbrio e no plasma foram de 2,87 ± 0,8 L e 1,01 ± 0,28 L respectivamente.
A Melfalana apresenta limitada penetração da barreira hematoencefálica.
Diversos investigadores, ao obter amostras do fluido cérebro-espinhal, não detectaram a droga. Concentrações baixas (~10% da concentração plasmática) foram observadas em um estudo de dose única e elevada em crianças.
Dados in vivo e in vitro sugerem que a taxa de degradação espontânea e não o metabolismo enzimático é a maior determinante do tempo de meia-vida da droga no homem.
Eliminação
Em 8 pacientes que receberam uma dose única em bolus de 0,5 a 0,6 mg/kg, as meias-vidas iniciais e finais foram relatadas como sendo de 7,7 ± 3,3 min e de 108 ± 20,8 min, respectivamente. Após a injeção de Melfalana, foram detectados mono-hidroxiMelfalana e diidroxiMelfalana no plasma dos pacientes. Estes alcançaram os níveis de pico em, aproximadamente, 60 min e 105 min, respectivamente. Uma meia-vida semelhante de 126 ± 6 minutos foi observada quando a Melfalana foi adicionada ao soro dos pacientes in vitro (37°C); sugerindo que uma degradação espontânea, mais do que o metabolismo enzimático, possa ser o principal determinante da meia-vida da droga no homem.
Após a administração por infusão e em um período de 2 min, de doses na faixa de 5 a 23 mg/m2 (aproximadamente 0,1 a 0,6 mg/kg) a um grupo de 10 pacientes com mieloma múltiplo, as meias-vidas iniciais e finais foram, respectivamente, 8,1 ± 6,6 min e 76,9 ± 40,7 min.
Em 15 crianças e 11 adultos, que receberam altas doses de Melfalana intravenoso (140 mg/m2) com diurese induzida, as meias-vidas iniciais e finais observadas foram de 6,5 ± 3,6 min e 41,4 ± 16,5 min, respectivamente.
As meias-vidas médias iniciais e finais de 8,8 ± 6,6 min e de 73,1 ± 45,9 min, respectivamente, foram encontradas em 28 pacientes com malignidades variadas, recebendo doses entre 70 e 200 mg/m2 por infusão em período de 2-20 min.
Após uma perfusão hipertérmica (39°C) de 1,75 mg/kg de peso corporal, no membro inferior de 11 pacientes com melanoma maligno avançado, foram encontradas meias-vidas médias iniciais e finais de 3,6 ± 1,5 min e 46,5 ± 17,2 min, respectivamente.
Populações especiais
Insuficiência renal
O clearance de Melfalana pode estar reduzido na insuficiência renal.
Pacientes idosos
Nenhuma correlação foi demonstrada entre a idade e o clearance de Melfalana ou com a meiavida de eliminação terminal.
Mantenha o produto na embalagem original (entre 15°C e 30ºC) e protegido da luz.
A solução de Alkeran® Injetável tem durabilidade limitada e deve ser preparada imediatamente antes do uso. A solução que não for usada deve ser descartada.
A solução reconstituída não deve ser refrigerada, pois pode ocorrer precipitação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspectos Físicos / Características organolépticas
Um pó de cor que varia do branco ao creme, liofilizado, praticamente isento de partículas visíveis quando dissolvido em 10 mL da solução diluente.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
M.S 137640150
Farm. Resp.:
Viviane L. Santiago Ferreira
CRF-ES nº 5139
Fabricado por:
Cenexi – Laboratories Thissen S.A
Rue de la Papyree 2-4-6, Braine-L’Alleud, 1420, Bélgica.
Registrado e Importado por:
Aspen Pharma Indústria Farmacêutica Ltda
Av. Acesso Rodoviário, Módulo 01, Quadra 09, TIMS – Serra/ES
CNPJ: 02.433.631/0001-20
Indústria Brasileira
Número do lote, data de fabricação e data de validade: vide embalagem.
Venda sob prescrição médica.
Uso restrito a hospitais.